“Vamos até Belém e vejamos os
acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.” (Lucas 2.8-20)
Introdução
Vivemos em um mundo cada vez mais sem
referências. Mundo que se ocupa em relativizar tudo,
minar e destruir qualquer tipo de âncora segura, de baliza que possa ser
apontada como algo constante, absoluto e confiável.
Ouvimos seguidamente pessoas dizerem
coisas do tipo: “cada um tem a sua verdade!”, “a verdade
de um não é a mesma do outro!”, “qualquer verdade vale, se ela te faz feliz!”,
ou “não existem verdades, tudo é relativo!”
Tudo isso não é novidade…
Também Pilatos (Jo 18.38) perguntou: “o que é a verdade?”
Existe verdade? Existe uma verdade? Existe “a” verdade?
E o que Ele diz de si mesmo?
Em Jo 14.6, aquele que celebramos diz “eu
Sou a verdade!”
Noutra ocasião, Ele afirma:
“E conhecereis a verdade, e a VERDADE vos
libertará!” Jo 7.33
Sim, mesmo vivendo num mundo de
verdades construídas, cremos em alguém que construiu o mundo e tudo o que nele
há!
Alguém que é a Verdade, antes que nós
pudéssemos conhecer e estabelecer qualquer verdade!
Ele não está sujeito às
transitoriedades deste mundo, pois Ele mesmo as criou e fez, dentro de um
propósito maravilhoso, do qual nós também fazemos parte.
De fato, no mundo em que vivemos,
construído e definido pelo conhecimento humano, as verdades são convenções que
estabelecemos, e que uma vez aceitas, se tornam nas verdades em torno das quais
organizamos a vida, e a sociedade…
I – DEVEMOS COMEMORAR O NATAL?
Conta-se que existe uma lei denominada Massachusetts Bay Colony, de 1659 feita
pelos Puritanos americanos, na qual foi proibida a celebração do Natal.
Na verdade, o que esses puritanos
pretendiam não era abolir a tradição de comemoração do Natal, mas queriam
abolir todos os resquícios de paganismo encontrados na celebração.
A verdade é que muitos celebram,
comemoram, festejam o Natal, não sabem, absolutamente nada do seu significado.
A Pessoa de Jesus Cristo, principal e
única personagem, foi colocado de lado, totalmente esquecido para dar lugar ao
Papai Noel, aos banquetes, e, alimentar o comércio.
Vejamos isto nos primeiros capítulos
dos Evangelhos e, de maneira especial, deixemos que Lucas nos conduza naquilo
que lhe foi inspirado pelo Espírito Santo porque “Só Celebra Verdadeiramente o
Natal” aquele que realmente conhece o aniversariante: Jesus Cristo, o Eterno
Filho do Deus Vivo e Verdadeiro.
II – NINGUÉM PODE CELEBRAR O NATAL SEM
ANTES CONHECER A JESUS
Lucas no texto mencionado nos fala da
maneira como Deus deu a conhecer o nascimento de Seu Filho e como orientou os
pastores, a quem primeiramente fora anunciado. Vejamos então:
a) Os Anjos Anunciaram.
Lucas 2.8-14 nos diz que a mensagem foi
recebida, em primeira mão, pelos pastores que cuidavam dos rebanhos nas
cercanias de Belém.
A eles foi dado o privilégio de ouvirem
a primeira mensagem do nascimento de Jesus acompanhada do primeiro Culto
Celebrativo de Natal cantado pelos anjos.
b) Os Pastores Ouviram e Creram
(Lc 2.16-16) Em segundo lugar
observamos que os pastores ouviram com muita atenção a mensagem a eles
proclamada e creram no que lhes havia sido anunciado.
Devemos ser, não somente bons ouvintes,
mas também crentes conforme nos ensina o Senhor, sobre o ouvir e crer
c) Os Pastores Foram e Adoraram (Lc
2.16).
Finalmente vemos que os pastores não
somente ouviram o que lhes fora anunciado, como também, obedientemente, foram
até Belém para verem Jesus.
Ali, O encontram com a sua mãe e o seu
pai. Grande diferença vemos aqui.
Quando os magos anunciaram o nascimento
de Jesus, em Jerusalém, Herodes e os escribas apenas investigaram as
Escrituras, mas não foram até Belém, enquanto que, com os pastores foi
diferente.
Eles ouviram, eles creram, eles foram,
eles adoraram o Salvador dos eleitos de Deus.
III – DEPOIS DE VEREM A JESUS OS
PASTORES TORNARAM-SE MENSAGEIROS
Após terem visto a Jesus os pastores já
não eram as mesmas pessoas. Eles retornaram aos seus rebanhos totalmente
diferentes. Lucas nos diz que eles:
a) Voltaram Glorificando a Deus (Lc
2.20).
Imaginamos aqueles pastores como os
primeiros convertidos ao evangelho de Jesus Cristo.
São os primeiros frutos da mensagem
natalina. Por isso não podemos ficar inertes quando ouvimos de Cristo.
b) Divulgaram o Nascimento de Jesus (Lc
2.17).
Aqueles que passaram pelo novo
nascimento jamais deixarão de divulgar a Pessoa de Jesus Cristo.
c) Tiveram Resultados Preciosos. (Lc
2.18)
À medida que estes primeiros pregadores
do evangelho proclamavam a notícia as pessoas se maravilhavam.
Era uma resposta de Deus à Igreja, de
que na sua história, Ele estaria sempre confirmando a mensagem do evangelho
proclamada pelos seus filhos. (Mc 16.20)
Amados, não deixemos que o brilho das
luzes deste mundo nos ofusque, a tal ponto de não mais percebermos as verdades
eternas de não atentarmos quando o Salvador bate a nossa porta, e dizermos como
o dono das hospedarias em Belém, quando do seu nascimento: “infelizmente,
aqui não há lugar para ti!”.
As coisas deste tempo, deste mundo,
tomaram todo meu tempo, minhas energias e meu esforço! Minha agenda está
lotada. Deus, não há lugar para ti. Eu até gostaria, mas… não dá!
IV – O NATAL DEVE SER CELEBRADO EM
FAMÍLIA
O primeiro Natal foi celebrado no céu e
na terra. Anjos e homens se alegraram.
Na pequena cidade de Belém, na casa do
pão, nasceu o pão da vida. O Verbo eterno, pessoal e divino se fez carne. As
profecias se cumpriram. Naquela noite, nasceu o Sol da Justiça.
Deus se fez homem, o eterno entrou no
tempo, o imenso esvaziou-se, o mais exaltado entre os anjos, humilhou-se. Sendo
o Rei dos reis, fez-se servo. Sendo rico e o dono do mundo, tornou-se pobre.
Sendo transcendente, nasceu de uma virgem.
Esse é o grande mistério do Natal que
ainda hoje celebramos. Celebramos porque Jesus está vivo. Está vivo e no trono.
Está vivo e vai voltar. Está vivo entre nós e dentro de nós.
O Natal deve ser celebrado pela família
e pela igreja. Todos os povos devem adorar o Rei da glória.
Ele é digno de receber todo o louvor e
adoração. Ele é o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor dos
senhores. Nele temos copiosa redenção. Ele é a nossa paz e a nossa justiça. Ele
é a nossa alegria e a nossa herança. Nele temos vida maiúscula e abundante. Ele
veio para nos dar a própria vida eterna.
Reúna sua família ao redor da mesa para
comemorar o Natal. A mesa é mais do que uma mobília da sala, é um emblema de
comunhão familiar.
A mesa é lugar onde a família se reúne
para comer e conversar. É palco de boas palavras e também lugar apropriado para
se olhar nos olhos. É cenário de oração e também de louvor. É território de
encorajamento e descontração.
O salmista fala da família ao redor da
mesa. A esposa, como elo de ligação da família, congrega os filhos.
- Ao
redor da mesa tem renovo.
- Ao
redor da mesa cultiva-se amizade.
- Ao
redor da mesa tem encorajamento. Ali as mágoas são tratadas.
- Ao
redor da mesa olham-se nos olhos. Pecados são confessados e perdoados.
Fraquezas são superadas e vencidas.
- Ao
redor da mesa, debaixo do que sabemos e entendemos sobre a graça, as máscaras
são tiradas e novos recomeços acontecem.
A mesa não pode ser substituída nem
abandonada. Ela é símbolo do diálogo. Ela abre as portas para a comunhão e
ataca o isolamento. A mesa tira os membros da família de suas trincheiras
pessoais.
CONCLUSÃO:
O Natal deve ser bem uma reunião
familiar simples onde se cultua a Deus, testemunhos são contados, presentes
podem ser trocados, mas não como prioridade.
Gestos nobres são feitos como pedidos
de perdão, doações e declarações de amor a cônjuges, irmãos, pais e amigos.
Expressões de fidelidade a Deus como um lindo culto de adoração ao Senhor por
ter enviado seu Filho ao mundo. Uma noite cheia de alegria com a presença de
Deus.
O verdadeiro Natal acontece não em
grandes banquetes, mas entre pessoas simples, nobres e fiéis. Por isso celebre
o Natal com simplicidade, com gestos de nobreza e fidelidade a Deus.
Então, afora os excessos que vemos em
todos as celebrações, devemos estar juntos debaixo do amor de Deus. O natal de
Cristo serve para nos lembrarmos que ELE nos trouxe salvação não só da nossa
alma, de tudo o que o mundo usa para nos conduzir ao mal.
E você, como Celebrará o Natal de
JESUS?