Esta é uma pergunta que suscita acalorados debates entre teólogos e estudiosos das diversas visões escatológicas e também entre os crentes depois de uma aula de escola dominical ou quando assistem àqueles filmes magníficos e “holiudianos”. O que acontecerá depois do arrebatamento da Igreja. Haverá uma outra chance para aqueles que ficarem aqui?
O arrebatamento da Igreja do Senhor é fato. Há algumas palavras bíblicas-chaves associadas com esta doutrina que precisamos entender. O termo arrebatamento em si é derivado da versão Vulgata Latina de 1 Tessalonicenses 4:17 onde está a expressão “arrebatados”. Daí parte a ideia de que os cristãos vivos na época da vinda de Cristo serão trasladados e arrebatados para encontrarem o Senhor no ar (Walvoord. 248).
Em 1 Tessalonicenses 4:17 a palavra grega “harpazo” é traduzida “arrebatados” na versão Almeida Revista e Atualizada. O termo significa “agarrar, apanhar” (Arndt & Gingrich. 108).
Jesus foi bem claro na parábola das dez virgens, que as prudentes estavam aguardando o noivo que viria em breve, em um momento não estabelecido e desconhecido. Quando o noivo chegou, não houve tempo para as virgens loucas se encherem as suas lamparinas. (Mat. 25.1-9)
Outro exemplo está na época de Noé, quando Deus fechou a arca por fora e o dilúvio começou, muitas pessoas foram até a arca pensando que haveria possibilidade de resgate, mas já era tarde demais. Não houve segunda chance para aqueles que ficaram, já que haviam ouvido a voz de Noé durante toda a construção da Arca. Gen. 6 até o cap. 9.
Ao aceitarmos a ideia de uma segunda chance depois do arrebatamento, o que temos a dizer das pessoas que morreram antes do arrebatamento? Aquelas que agora, na nossa era morreram e não aceitaram a Cristo. Por que elas também não teriam uma segunda chance, já que os que ficarem vivos depois do arrebatamento a terão?
Nossa conversão foi um ato de fé (Cremos e fomos batizados – Mc. 16.16), não vimos o Cristo ressuscitado, mas o aceitamos por fé, aquela que é descrita em Hebreus 11.1 como o “firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. É muito fácil ver todos os sinais da grande tribulação e crer e aceitar a Cristo. É fácil ver a aparição do anticristo, saber do povo que foi arrebatado e só então reconhecer que Cristo é o Senhor. Se assim for, então não precisamos estar alertas e preparados para o arrebatamento!
O arrebatamento da Igreja coloca fim a uma era, uma era de sofrimento e espera para a Igreja do Senhor (a noiva do Senhor) que foi comprada com o seu sangue. Por sete anos, durante o período da grande tribulação, a noiva adornada participará das bodas do cordeiro. Nesse período, acontecerá o Tribunal de Cristo e Jesus preparará o seu exército para voltar a terra.
O Espírito Santo será retirado da Terra com a Igreja. Podemos ver claramente em 2 Ts 2:7- "Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem".
O período da grande tribulação é um tratamento de Deus com Israel. Nesse período, o anticristo será revelado, todos acreditarão ser ele o messias. Ele fará um pacto de paz com Israel que será quebrado na metade desse período, ou seja, três anos e meio. Deus tratará com a nação de Israel, que finalmente reconhecerá o Jesus Cristo como o messias.
Cremos então, que baseado nas Escrituras, esse período é de tratamento específico para Israel e para quem jamais ouviu falar do evangelho de Cristo. Você acredita que ainda possa haver pessoas que não ouviram do evangelho de Jesus Cristo e que possivelmente não ouvirá?
Nossa função então, não é pensarmos numa chance de salvação depois do arrebatamento, mas estarmos alertas e preparados para quando Jesus nos chamar nos ares. Nossos corpos serão transformados.
Paulo descreve aos I Tess. 4.16-17: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles [os mortos em Cristo] nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”
“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” I Cor. 15.51-57
Ev. Cláudio de Carvalho
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